domingo, 18 de dezembro de 2011

Carmelita foi madrinha da turma de jovens e adultos, filhos de pequenos agricultores que concluiram o ensino médio


Cento e catorze jovens e adultos, filhos de pequenos agricultores da zona rural de Ilhéus e da Vila Brasil, em Una, participaram, na noite deste sábado (17), em Ilhéus, da colação de grau pela conclusão do ensino médio com intermediação tecnológica. São alunos que, nos últimos três anos, não precisaram sair das suas comunidades para garantir um aprendizado de qualidade. Eles participaram de um projeto coordenado pelo governo do Estado que garantiu aulas através de um programa de educação presencial à distância. O programa disponibiliza conteúdos a partir de aulas transmitidas, em sistema online, direto de um estúdio no Instituto Anísio Teixeira, em Salvador, com professores especialmente capacitados para este modelo de ensino.

O modelo, surgido no estado do Amazonas, a partir da dificuldade de acesso em algumas regiões da floresta amazônica, teve inicio na Bahia logo no primeiro mandato do governador Jaques Wagner. Nas salas de aula, monitores ajudam os alunos a entender o conteúdo que chega da capital. "Este modelo - assegura o gestor da Direc-6, Ednei Mendonça -permite que alunos de regiões de difícil acesso da Bahia possam ter à sua disposição, por exemplo, a qualidade e a competência dos professores que atendem a alunos que estão em Salvador", exemplifica. "É também um modelo responsável pela permanência dos estudantes em suas comunidades, onde eles podem ser agentes transformadores importantes a partir da conquista do conhecimento", completa.

A madrinha e o sonho - Escolhida como madrinha da primeira turma em Ilhéus, a educadora e vereadora Carmelita Ângela lembrou na solenidade que a diplomação ocorrida neste final de semana não deve e nem pode ser vista como a conclusão de um sonho. "O sonho está apenas começando. É preciso continuar esta transformação de vidas, realidades e oportunidades", afirmou. O paraninfo da turma, deputado federal Josias Gomes, lembrou que a nova realidade do Brasil exige formação superior ou técnica.